O chefe de Estado português fez este anúncio numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro português, António Costa. O Presidente da República de Portugal anunciou que na XI Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi aprovada uma proposta para que o português seja uma língua oficial nas Nações Unidas (ONU).
Marcelo Rebelo de Sousa disse que a proposta não consta da declaração final desta cimeira da CPLP, mas foi aprovada por aclamação, e adiantou que foi feita pelo Presidente do Brasil, Michel Temer.
O chefe de Estado português fez este anúncio numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro português, António Costa, declarando: “Desta cimeira também saiu uma proposta concreta para que o português passe a ser uma língua oficial nas Nações Unidas”.
Proposta apoiada por António Guteres
O futuro secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que gostaria de ver o português tornar-se uma das línguas oficiais desta organização.
António Guterres assumiu esta posição em declarações jornalistas, à margem da XI conferência de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Brasília, no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Questionado sobre que papel terá a língua portuguesa quando for secretário-geral da ONU, António Guterres respondeu: “Eu suponho que essa não é uma questão do secretário-geral, é uma questão da CPLP, dos países de língua portuguesa. Sei que existe essa aspiração, e essa é uma aspiração muito importante”. “Naturalmente que eu próprio gostaria muito de ver isso concretizar-se, mas essas são decisões da Assembleia-Geral das Nações Unidas. E uma vez mais digo: ainda não sou secretário-geral das Nações Unidas”, acrescentou.
Atualmente, a ONU tem seis línguas oficiais: o castelhano, o inglês, o mandarim, o russo, o francês e o árabe.
Sobre a reforma das Nações Unidas, Guterres repetiu o que tinha dito em abril na sua audição perante a Assembleia-Geral da ONU, citando o antigo secretário-geral desta organização Kofi Annan: “Não haverá uma reforma das Nações Unidas completa enquanto o Conselho de Segurança, ele próprio, não se reformar”.
No seu entender, “o papel do secretário-geral deve ser o de procurar facilitar o diálogo para que seja possível avançar num domínio que se tem verificado tão difícil nos últimos tempos”.
Interrogado sobre se espera que os direitos humanos venham a ser respeitados em todos os países da CPLP, Guterres deu uma resposta geral: “Uma das missões de todas as organizações internacionais é a de trabalhar com os seus próprios Estados membros no sentido de que a agenda universal dos direitos humanos, que é hoje uma componente essencial do nosso património civilizacional, possa também ser adotada por todos eles”.
Esta foi a quinta vez que António Guterres falou publicamente desde que está em Brasília, para participar na Cimeira da CPLP, a convite do presidente do Brasil, Michel Temer.
Cap Magellan
Fontes: dn.pt, sol.sapo.pt
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