Portugal inclina-se perante a campeã Espanha
Depois da derrota na fase de grupos contra a Sérvia, a selecção nacional teve de medir forças com a toda-poderosa Espanha nos quartos-de-final e os espanhóis confirmaram o favoritismo. Com três golos na primeira parte, a selecção comandada por Venancio López praticamente sentenciou a eliminatória, acabando por gerir a vantagem no segundo tempo, período em que Portugal ainda fez dois golos, pelo inevitável Ricardinho.
Ter o melhor jogador do mundo voltou a não chegar para Portugal. Mais uma vez, a selecção nacional partiu para uma grande competição com aspirações elevadas, mas dentro do campo voltou a mostrar não ter argumentos para se bater com os principais favoritos. Apesar dos três jogos de grande nível de Ricardinho, que marcou seis dos nove golos de Portugal na competição, a equipa nacional mostrou-se sempre muito dependente do seu número 10 e a Espanha, com um conjunto bem mais completo, tirou partido dos erros portugueses.
Para o duelo dos “quartos”, Portugal até entrou bem na partida, mas aos poucos a Espanha foi tomando conta do jogo e acabou, com justiça, por chegar à vantagem depois de Bruno Coelho cometer uma grande penalidade que Miguelín não desperdiçou. Menos de três minutos depois, Rivillos rematou de fora da área e ultrapassou Bebé, que pareceu mal batido. Os erros sucederam-se do lado português e uma perda de bola de Paulinho foi aproveitada por Alex, que fez o 3-0.
À beira do KO, Portugal entrou com outra atitude na segunda parte e Ricardinho, a concluir um rápido contra-ataque, reduziu para 3-1, mas menos de um minuto depois Rivillos voltou a colocar a diferença em três golos. A Espanha parecia ter o jogo sob controlo, mas Ricardinho voltou a levantar o pavilhão: encostado à linha, o “10” de Portugal fintou um adversário e rematou depois de forma imparável para o fundo da baliza.
O golo motivou a equipa nacional e a Espanha foi encostada à sua área, mas a grande exibição de Paco Sedano impediram Portugal de voltar a marcar e com a selecção nacional a arriscar no 5×4, a Espanha mostrou frieza e fez mais dois golos nos últimos cinco minutos.
Com o triunfo, por 6-2, a Espanha vai agora defrontar nas meias-finais o vencedor do Itália-Cazaquistão.
Depois de derrotar o Cazaquistão nas meias-finais, a Espanha acabou por reforçar a sua hegemonia continental, ao conquistar o sétimo título em 10 edições do Campeonato da Europa de futsal, com uma goleada por 7-3 frente à Rússia, o resultado mais desnivelado em finais até agora.
A equipa de José Venancio López foi bem mais consistente e astuta, cometendo menos erros do que os jogadores de Sergei Skorovich. Pressão alta, com roubo de bola e finalização, e aproveitamento do estaticismo contrário nas bolas paradas, resolveram a final; ao intervalo, o conjunto ibérico já liderava por 4-1.
As pretensões russas,em busca do segundo título, ruíram frente à técnica e atitude competitiva dos espanhóis, que, aproveitando também o maior risco adversário, com guarda-redes avançado, fizeram os golos suficientes para manter confortável vantagem, que nunca esteve em causa.
No jogo para encontrar o terceiro classificado, o Cazaquistão surpreendeu a Sérvia, adversária de Portugal no ‘play-off’ para
o Mundial da Colômbia, com um triunfo
por 5-2. n
Cheila Ramalho
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Fonte: Público
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