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7 avril 2017Cap Magellan appelle au barrage au Front national
28 avril 2017À conversa com The Legenday Tigerman :
Cap Magellan: The Legendary Tigerman vai estar no evento Nuits Sonores em Lyon – Carte Blanche à Lisobonne no dia 27 de maio. Qual é para si a importância de uma participação neste evento tendo em conta a valorização da capital portuguesa e da música alternativa realizada em Portugal?
The Legendary Tigerman: Para mim é muito importante e é um sinal de que as coisas mudaram muito nos últimos 15 anos e que também mudou muita coisa na música portuguesa e no modo como as pessoas olham para Portugal e para a nossa música. Neste momento, a música portuguesa é bastante variada… obviamente temos coisas que são únicas, que são só nossas, como o fado e uma data de coisas relacionadas com a música tradicional portuguesa e com o folklore, que tem claro um valor enorme como sempre tiveram. Mas juntam-se a eles muitos outros géneros músicais e muitas outras maneiras de ser português, de ser músico e eu acho que há 15 anos se calhar não seria possível haver esta “Carte Blanche à Lisbonne”, seria um panorama completamente diferente. Para mim também foi super importante pois pediram-me para sugerir alguns nomes da cena músical portuguesa e para dar a minha opinião sobre o que neste momento é interessante em Lisboa e isso também me deixou feliz. Efetivamente neste momento o que se passa em Lisboa é que há muita coisa a acontecer, muita coisa boa e diversificada. E eu acho que em Lyon vão ter a oportunidade de ver muitas dessas coisas interessante que se fazem na capital atualmente numa programação bastante abrangente.
CM: Relativamente ao seu projeto pessoal, quais são as suas principais influências músicais e como surgiu a ideia do projeto The Legendary Tigerman ?
The Legendary Tigerman: Eu costumo dizer que na adolescência estive um bocado indeciso. Houve um período em que ouvia muito Rock’n Roll, Blues e ouvia também, e continuo a ouvir, Zeca Afonso, José Mario Branco e muitos cantores da revolução. Acho que com a urgência da adolescência e da urgência do Rock’n Roll e dos Blues, isso foi tomando mais conta de mim. Depois as coisas foram acontecendo normalmente… primeiro tive uma banda que foram os Tédio Boys, fizemos muitas tournées na América, onde estive muito próximo dos Blues e de tudo o que os Blues me podiam trazer e ensinar e de certa forma fui-me apaixonando cada vez mais pelo género e pelo Rock’n Roll também. Acho que não faço exatamente nem Blues nem Rock’n Roll puros, mas são a espinha dorsal daquilo que eu faço e daquilo que eu gosto de fazer.
The Legendary Tigerman começou como um One Man Band, numa altura em que não havia muitos no mundo. Hoje em dia há muitos, e entretanto este One Man Band transformou-se num trio e continua a existir de certa forma o Homem orquestra dentro deste trio.
CM: Qual é a origem do nome The Legendary Tigerman?
The Legendary Tigerman: Na altura quis fazer um tributo a um senhor que se chama RufusThomas, que tem uma música que se chama Tiger Man e que é uma das primeiras músicas de Blues que eu ouvi e que mais me impressionou. O legendary vinha de um outro One Man Band dos anos 50 que se chamava The Legendary stardust cowboy. Para além disso as One Man Bands tem sempre esse nomes pomposos e de certa forma a aventura começou um bocadinho assim e foi crescendo.
CM: Para além da participação de The Legendary Tigerman no Nuits Sonores em Lyon, onde poderemos revê-lo em França ou mesmo noutros países?
The Legendary Tigerman: França é um país onde eu toco muito, onde as coisas correm muito bem e onde tenho bastante público.Eu tenho um disco novo que sai no final de setembro e começarei com uma tournée que me irá levar um pouco por todo o lado, primeiro em Portugal, nos meses de setembro e outubro e a partir de novembro uma tournée bastante extensa por toda a Europa com muitas datas em França. Também tenho algumas datas previstas no verão em alguns festivais em França e em Portugal.
CM: Que mensagem gostaria de deixar aos leitores da CAPMag?
The Legendary Tigerman: Espero ver alguns dos leitores da CAPMag em Lyon e espero ir encontrando-os um pouco por toda a França. Acho que é muito importante haver estas vias de contacto entre quem está em Portugal e quem está fora de Portugal e percebermos um bocadinho o que é este Portugal moderno. Já fiz algumas entrevistas para a revista e também já a li e acho que é importante haver esta via de comunicação entre todos nós que somos portugueses, que somos bastante diferentes uns dos outros e que habitamos em países diferentes, neste caso Portugal e França, mas acho que é um modo de nos aproximarmos, e espero que possamos estar próximos ao vivo neste concerto em Lyon.
À conversa com Dj Marfox :
Cap Magellan: Dj Marfox vai estar no evento Nuits Sonores em Lyon – Carte Blanche à Lisbonne no dia 25 de maio. Qual é para si a importância de uma participação neste evento tendo em conta a valorização da capital portuguesa e da música alternativa realizada em Portugal?
Dj Marfox : É algo bastante positivo, primeiro por ser em França, onde temos um bom historial, uma boa ligação devido à emigração e acho importante mostrar o que de melhor se faz em Portugal e em Lisboa. Acredito que é bom para o público em geral… o público francês vai ouvir o que de bom se faz em Portugal e o público português poderá de certa forma sentir-se mais próximo de Portugal.
CM: Relativamente ao seu projeto pessoal, quais são as suas principais influências músicais e como surgiu a ideia do projeto Dj Marfox ?
Dj Marfox : Eu cresci nas periferias de Lisboa e não ouvia muito as músicas ditas populares como o rock ou o pop. Ouvia Kuduro mas também Kizomba , Semba, e outras influências africanas. O que eu tentei fazer na minha música, foi tentar misturar todas essas influência que recebi desde muito novo até aos meus 15 anos, quando comecei a dar os primeiros passos de produção. Eu tento criar um equilibrio entre a Africa e a Europa e acredito que Portugal e Lisboa é uma boa porta de entrada para este tipo de música. As coisas em Portugal às vezes demoram a desenvolver-se mas agora estão no bom caminho e neste momento apresentamos algo de qualidade a nível artistico.
CM: Qual é a origem do nome Dj Marfox ?
Dj Marfox : A origem do meu nome tem a ver com uma corrida de corta-mato, na qual a minha irmã mais velha participou e foi a vencedora com a sua escola. Nessa altura a Nintendo oferecia consolas às escolas vencedoras e cada familia teve direito a uma. Nessa consola, tinhamos um jogo que se chamava Star Fox e a maioria das familias do Bairro que receberam as consolas receberam também esse jogo, logo toda a gente na Quinta da Vitória, onde eu nasci, jogava a esse jogo. E depois começou tudo com uma brincadeira de cortar o nome das pessoas e adicionar Fox. Por exemplo, João, passava a ser o JoFox então é daí que vem o nome MarFox, o meu nome é Marlon, e eu cortei para MarFox. Uma brincadeira de Bairro tornou-se em nome artístico.
CM: Para além da participação de Dj Marfox no Nuits Sonores em Lyon, onde poderemos revê-lo em França ou mesmo noutros países?
Dj Marfox : Para além de Lyon vou estar também em Itália, em Lisboa, em Hamburgo, em Londres, Manchester, Glasgow, no festival Outlook na Croácia etc. Vou estar um pouco por todo o lado, tendo marcações até ao próximo ano.
CM: Que mensagem gostaria de deixar aos leitores da CAPMag?
Dj Marfox : Agradeço que estejam presentes no festival, que oiçam a minha música que torçam por Portugal, porque somos poucos mas somos bons. Compareçam em massa no dia 25 de Maio ao evento e para todos os leitores um beijinho e um abraço.
À conversa com Dj Rocky Marsiano:
Cap Magellan: Dj Rocky Marsiano vai estar no evento Nuits Sonores em Lyon – Carte Blanche à Lisbonne no dia 25 de maio. Qual é para si a importância de uma participação neste evento tendo em conta a valorização da capital portuguesa e da música alternativa realizada em Portugal?
Dj Rocky Marsiano: É importante porque é um reconhecimento mais do que merecido do que se tem passado em Lisboa nos últimos 2 anos a nível de música nova, interessante e que represente a nova vida músical de Lisboa. Bastantes projetos estão a ter uma aceitação internacional e neste caso lá estaremos, tanto eu como os outros artistas, a representar a nossa cidade.
CM: Relativamente ao seu projeto pessoal, quais são as suas principais influências músicais e como surgiu a ideia do projeto Dj Rocky Marsiano?
Dj Rocky Marsiano: Eu sou um veterano do movimento Hip-Hop de Portugal e de Lisboa e antigamente fazia os instrumentais para o Rap e também fazia Rap e resolvi começar a fazer música mais instrumental, mas só de beats. No início os primeiros 3 ou 4 albuns do Rocky Marsiano, as influências variavam entre o Jazz, o Soul, o Funk, a música brasileira e nos últimos 2 discos decidi virar-me mais para a Africa lusófona. Nos discos “Meu Kamba” e “Meu Kamba Vol. Dois” exploro muito a música de origem luso-africana. Neste caso, com o projeto Rocky Marsiano, Meu Kamba sound, é o que vamos fazer… vamos fazer um live de cerca de 1 hora onde essa música vai ser a mais presente com percursão ao vivo e dançarinas.
CM: Qual é a origem do nome Dj Rocky Marsiano?
Dj Rocky Marsiano: O nome Rocky Marsiano foi uma pessoa que me deu, quase na brincadeira. O meu nome de Rap e do Hip-Hop é D-Mars então essa pessoa resolveu pegar no nome Mars e chamar-me Marsiano e depois Rocky Marsiano. Como foi a altura de eu me aventurar pela música mais instrumental, resolvi utilisar esse nome.
CM: Para além da participação de Dj Rocky Marsiano no Nuits Sonores em Lyon, onde poderemos revê-lo em França ou mesmo noutros países?
Dj Rocky Marsiano: Vou estar no Luxemburgo num Festival de música no mês de Julho, em Paris em Agosto/Setembro, em Portugal no Festival Iminente em Setembro, etc.
CM: Que mensagem gostaria de deixar aos leitores da CAPMag?
Dj Rocky Marsiano: Venham assistir ao Carte Blanche à Lisbonne, principalmente para quem vê Portugal de fora, como é o meu caso que estou em Amsterdão há 8 anos, embora tenha estado em Lisboa musicalmente. Disfrutem do que se está a passar agora em Lisboa, desta nova música moderna e muito boa que se está a fazer em Portugal, mais contemporânea, e que representa o que a juventude em Portugal e em Lisboa ouve atualmente.