- “A natureza do voto nas eleições de 2022”: essas eleições foram “personalizadas no primeiro-ministro”, como logo Marcelo fez questão de dizer na tomada de posse. “O preço das grandes vitórias inevitavelmente pessoais e intencionalmente personalizadas”, lembrou agora o Presidente da República. Logo, sem António Costa, que se demitiu, não faz sentido manter o Governo.
- “A fraqueza de formação do mesmo governo com outro primeiro-ministro, não legitimado pelo voto popular”, apontou Marcelo.
- “O risco, já verificado no passado, de essa fraqueza redundar num mero adiamento da dissolução para pior momento”, continuou o Chefe de Estado.
- A necessidade de aprovação do OE, que Marcelo continua uma “garantia da indispensável estabilidade económica e social”. Por isso, o Presidente espera pela votação do Orçamento do Estado para 2024, agendada para 29 de novembro, “antes mesmo de ser formalizada a exoneração em inícios de dezembro”.
- O ajustamento da população: “Maior clareza e mais vigoroso rumo para superar um vazio inesperado, que surpreendeu e perturbou tantos portugueses, afeiçoados aos oito anos de governação socialista, devolvendo a palavra ao povo sem dramatizações, nem temores. É essa a formação da democracia”
Há um outro ponto que determina o prazo, segundo Marcelo: “Se não foi possível tornar mais breve, tem a ver com processo de substituição no partido de governo”. O PS terá de ir para eleições para escolher o novo secretário-geral.
Escrito por Diogo Cavaleiro
Link para o artigo do Jornal Expresso