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2 mars 2021Rui Pascoal teve a oportunidade de entrevistar uma das vencedoras do “Cabelo Pantene o Sonho de 2019”. Vera é estudante em marketing e agora, também criadora de conteúdos nas redes sociais.
Olá, Vera. Qual é a tua história, em pequena já querias ser modelo?
Ola! Eu sempre gostei de arte. Música, representação, fotografia etc. Em mais nova faziam parte dos meus sonhos, entre mil outras profissões de uma criança sonhadora, mas, na verdade, o que sempre mexeu mais comigo sempre foi o de trabalhar em organização de eventos e com organizações não governamentais. Nos últimos anos, desde que surgiu esta entrada no mundo da moda, tem crescido em mim outra vez o bichinho artístico que me deixa cheia de vontade de explorar e experimentar tudo.
Qual é o trabalho dos teus pais? Também exercem algo relacionado com a área?
Os meus pais embora sejam também muitos apaixonados pelas artes, tendo eu também avós músicos e pintores, e a minha mãe ter sido modelo, não exercem trabalhos artísticos.
Tinham alguma objeção à tua entrada nesta área?
Para os meus Pais o mais importante sempre foi que todas as filhas fossem felizes, independentes e lutadoras, na profissão que nos deixe de coração cheio. Para mim, a moda é sempre uma área que quero combinar com o meu curso superior e isso deixa-me confortável e à minha família também.
Quais foram os teus estudos [marketing e publicidade] ?
Estudei numa escola internacional em Portugal e na Suíça, terminei o secundário numa escola Portuguesa e estou de momento no segundo ano de licenciatura no curso de Marketing e Publicidade, em Lisboa.
Foste vencedora da primeira edição do Cabelo Pantene em 2019 o Sonho na TVI : Pensavas ganhar o concurso? Qual foi a tua reação quando ganhaste com duas outras concorrentes, Catarina Maia e Valentina Sultão que foram também eleitas embaixadoras da marca? É muito raro e inesperado para uma final?
Nunca pensei chegar à final muito menos ser uma vencedora. Na minha cabeça eu já estava fora, pois criaram um momento de eliminação e ‘suspense’ até anunciarem que éramos as três igualmente vencedoras. Ter partilhado esta vitória com a Catarina e Valentina foi incrível, gosto muito das duas, e partilharmos uma conquista tão boa juntas torno tudo ainda mais especial.
Cada uma das vencedoras ganhou, portanto, um prémio de 10 mil euros, um contrato com a Central Models e participariam num editorial da revista Lux Woman. Quais são as tuas lembranças desse editorial?
Adorei! Foi muito divertido e um grande momento de aprendizagem, adorei trabalhar com uma equipa e produção tão experientes e profissionais.
Como surgiu a ideia de participares no concurso?
As minhas amigas falaram-me no concurso e, sem pensar muito, decidi inscrever-me, sem expectativas.
A tua vida pessoal e profissional mudou desde esse dia?
A nível pessoal ganhei uma noção de trabalho e da indústria nova, sinto que foi um boost para o meu crescimento pessoal e que me ajudou a perceber o quanto gosto do mundo comercial, criando na minha vida profissional um novo ramo com a moda e o digital, que acabou de começar.
Com um cabelo de tom castanho claro e madeixas naturais loiras, não temos dúvidas ao afirmar que o cabelo comprido e liso é, sem dúvida, a tua imagem de marca. Quais são os teus conselhos para ter um bom cabelo?
O meu cabelo é sem dúvida a minha imagem de marca e não me imagino com o cabelo de outra cor ou comprimento. Para mantermos um cabelo saudável penso que o mais importante é usarmos uma gama adequada ao nosso tipo de cabelo, lavarmos o cabelo com água fria e não hesitar na hidratação.
Tu és uma grande defensora do trabalho voluntário que praticas desde os 13 anos de idade, altura em que viajaste até ao Nepal. O que gostas no trabalho voluntário?
Eu comecei a fazer voluntariado aos 13 anos no Banco Alimentar, depois comecei com explicações em ATL`s, fiz também umas coisas minhas e mais tarde viajei para o Nepal e República Dominicana onde trabalhei com orfanatos. Acho que o ser Humano foi feito para viver em comunidade. Acredito que é extremamente importante ajudarmo-nos uns aos outros e procurar estender a mão a qualquer pessoa que precise. Um simples sorriso pode mudar o dia de uma pessoa e se tivermos a capacidade e disponibilidade para dar mais que um sorriso, não devemos hesitar. Há milhares de formas de ajudar e de ser solidário e não faltam pessoas que precisem de uma ajuda. Na minha cabeça penso, hoje somos nós como amanhã podem ser eles, temos de ser proativos e ajudar e amar o próximo, dentro e fora do nosso País.
O que é para ti Portugal?
Portugal é lindo. Tenho o maior orgulho em ser Portuguesa e sou grata por ter crescido aqui. Num País lindo, pacifico, cultural, simpático e acolhedor.
Apesar da tenra idade, tu viveste na Suíça com os teus pais e três irmãs, foste vítima de bullying por ser portuguesa, motivo que levou ao regresso da tua família ao nosso país. Conte-nos o que se passou? As coisas mudaram desde esse momento?
O motivo de regresso a Portugal não foi por causa de bullying, sofri de bullying em vários momentos na minha adolescência, como infelizmente a maior parte das crianças, mas que sem dúvida me tornaram mais forte e sensível em relação ao próximo. Eu adorei viver na Suíça e regressamos em família a Portugal assim que se passaram os dois anos que planeámos passar lá!
Apaixonada por desporto, viveste um ano sabático, tens aproveitado para viajar por vários pontos do globo e para ajudar os outros. Quais são os teus desportos preferidos e porquê?
Eu adoro desporto, mas sou muito preguiçosa então tenho fases onde estou superativa e outras menos. Em mais nova fiz todos os desportos possíveis ahah, sempre adorei competir e dei sempre o meu melhor. Na escola queria entrar em todas as equipas e competições, e fora da escola, a mesma coisa. À medida que cresci descobri quais eram de facto os meus desportos de eleição que vão e vêm com mais ou menos intensidade no meu dia a dia. Estes são o ténis, surf, yoga e kickbox, adoro os quatro.
Como e que viveste o confinamento e onde ? O covid 19 mudou coisas para ti e na tua vida ?
Vivi o confinamento em Portugal, em casa, com a minha família. Felizmente passei bem de saúde física e mental. Tive aulas online, fiz exercício em casa, meditei, li, passei tempo em família, dormi muito e assim que surgiu comecei a fazer voluntariado com a minha Mãe para a junta de Freguesia para ajudar as pessoas de risco e com maiores necessidades nesta fase complicada que o mundo está a viver.
Consideras-te bastante extrovertida, curiosa e gostas de liderar equipas. No que diz respeito aos defeitos acreditas ser demasiado sensível e admites que, por te preocupares com os problemas dos outros, deixas de pensar tanto em ti. De onde vem essa empatia e generosidade? Dos pais? É uma vantagem ser muito sensível ou não?
Sim! Os meus pais sempre me educaram a ter um coração e mente aberta, a ser compreensiva, ter empatia, ter sensibilidade… a estar presente e disponível para os outros e para mim. Somos uma família com muito amor para dar, adoramos todos conhecer pessoas e realidades novas, ajudar, ser amigo, amar e sorrir para a vida mesmo nas adversidades. Acho que ser sensível é algo muito bonito embora por vezes se possa tornar cansativo e perigoso quando nos importamos demais e nos esquecemos de distanciar, mas é sem dúvida positivo!
Com a pele e o cabelo dourados pelo sol, tens viajado pelas praias mais paradisíacas do mundo. Quais são as tuas preferidas do mundo e de Portugal e porquê?
Em Portugal, as minhas praias preferidas são o Guincho em Cascais, onde cresci, a Praia Grande em Sintra e a Ponta Ruiva no Algarve. São todas praias lindas, mas que acima de tudo me transmitem paz e felicidade. Fora de Portugal as minha preferidas são as de Bali na Indonésia pela energia e memórias que lá tenho, mas as mais bonitas que já vi na minha vida foram sem dúvida nas Filipinas.
Que outras línguas sabes falar, além de português?
Sei falar Inglês fluentemente, Francês e algum Espanhol.
Sabendo que em França existe uma grande comunidade portuguesa, gostarias de vir e trabalhar como modelo em Paris, capital da moda ?
Paris é uma cidade linda, nunca pensei muito nisso mas quem sabe… seria sem dúvida uma experiência espetacular!
Tu gostarias de explorar outros caminhos artísticos, como cantar, teatro, cinema ou dobragem?
Eu adoro cantar… andei numa escola de música e é uma grande paixão que tenho. Em mais nova participei em vários teatros e musicais e sempre adorei, o cinema também sempre me atraiu muito pois sou uma pessoa que adora imaginar e criar e imitar personagens… estou disponível para receber tudo o que surgir e no dia em que me sentir mais confiante em relação a um destes caminhos hei de o explorar sem medos.
Quais são teus planos? Ter um dia a tua própria marca?
Não tenho planos definidos, tenho vários objetivos e sonhos que quero alcançar e estou a trabalhar para isso, mas acho que ainda sou muito nova e tenho muito para aprender e experimentar antes de fazer planos a longo prazo.
Há cerca de um ano, viste o número dos teus seguidores no Instagram saltar de sete mil para 19 mil. Qual é a tua explicação deste sucesso e de tanto seguidores ?
Não sei bem, mas estou muito feliz por ter a minha comunidade de seguidores tão fiel, disponível e sempre pronta para apoiar e impulsionar o meu crescimento.
Qual foi o teu programa de férias de verão ?
Este verão estive a aproveitar ao máximo para estar em família e com os amigos mais próximos, sempre com cuidado. Aproveitar para explorar ao máximo este país lindo em que tenho a sorte de viver e aproveitar para descansar, fazer desporto, viver momentos felizes e criar memórias.
Para concluir, quais são seus hobbies ?
Tenho vários, e às vezes surgem uns novos e deixo outros de lado, estou sempre a fazer um pouco de tudo! Gosto de passear pela natureza, cantar, dançar, fazer surf, jogar ténis, fazer yoga, meditar, ler, cozinhar, escrever, tirar fotografias…
Obrigada ao Rui, à Vera e à Beatriz Cardoso Alves por terem tornado esta entrevista possível.