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10 novembre 2022A Cap Magellan foi stand de paragem obrigatória
Nos dias 15 e 16 de outubro, a Cap Magellan, esteve presente com um stand no “Salon Partir Étudier à l’Étranger”, em Paris, Porte de Versailles.
Nos últimos anos, a associação Cap Magellan tem desenvolvido campanhas de promoção do ensino superior português e do contingente especial para jovens lusodescendentes, chamada “Quota dos 7%”, juntos dos jovens lusodescendentes e emigrantes portugueses em França.
Com um acompanhamento personalizado pela sua equipa, dezenas de estudantes escolheram prosseguir os seus estudos em Portugal, algo que se reflete no crescimento de 52% do número de emigrantes e lusodescendentes colocados no Ensino Superior Português, entre 2018 e 2020, ainda assim bastante longe de preencher as 3.800 vagas disponíveis.
Foi com o intuito de continuar o seu trabalho de divulgação junto dos jovens lusófonos, mas não só, que a Cap Magellan vestiu o seu stand a rigor para estes dois dias de Salão. As portas abriram no dia 15 de outubro, cerca das 10h00. Depois do silêncio de meses de espera, soou o ruído de pessoas curiosas, interessadas e com vontade de partir à descoberta.
Durante a manhã foram vários os jovens, acompanhados dos seus pais que se deslocaram ao stand, para obter mais informações sobre a quota 7%.
Muitos deles mostraram-se surpreendidos pela possibilidade e acessibilidade do programa a todos os jovens lusodescendentes que pretendem escolher Portugal para os seus estudos, muito deles encantados com a oportunidade de regressar às origens, mas sobretudo, por poderem viver todas as tradições académicas que as universidades oferecem, bem com o seu ensino de excelência que todos olham como uma mais valia para o futuro.
No sábado, a partir das 15h30, abriram-se as portas para a conferência com o tema “Vos études au Portugal” (Os vosso estudos em Portugal), que contou com a presença de Adelaide Cristovão, coordenadora do Ensino Português em França, em representação do Embaixador de Portugal, em França, Miguel Costa, adido social do Consulado geral de Portugal em Paris, em representação do Cônsul Geral de Portugal e ainda Carla Ruivo, diretora do Serviço de Erasmus da Agência Nacional de Erasmus em Portugal.
Foi com uma plateia composta, e com o pensamento no futuro que muito atentivamente foram escutadas as informações vindas dos nossos intervenientes, Anna Martins, presidente da Cap Magellan, Alexandra da Rosa, responsável pelo processo de candidatura da Quota 7% e ainda Carla Ruivo.
No fim, ainda houve tempo para colocarem todas as questões, a fim de tirarem todas as suas dúvidas, das quais se mostraram esclarecidos, prometendo que a candidatura estará em cima da mesa.
No domingo, dia 16, mais uma vez com casa cheia, onde o stand da Cap Magellan foi ponto de paragem obrigatório para todos os interessados, sobretudo os jovens luso, mas não só, visto que é possível realizar uma experiência Erasmus em terra de Magalhães e Camões, sempre com o sentimento de descoberta, partilha e aproximação entre os dois países e as suas gerações futuras.
Sobre a quota 7% e em exclusivo à Agência Lusa, Jorge Costa, responsável pelo o acompanhamento dos jovens lusodescendentes em França para estudarem nas universidades portuguesas, falou da forma lenta como o processo é conduzido.
Essa demora a nível burocrático tem levado a muitas desistências. No que às equivalências diz respeito, o mesmo referiu que a Comissão Nacional do Acesso ao Ensino Superior recebe as notas e existe uma redução de algumas décimas para entrarem no concurso português, o que tem um impacto significativo na aceitação dos jovens nas universidades.
No ano de 2022, mais de 10% das vagas destinadas aos filhos de emigrantes foram preenchidas, no entanto, e apesar do aumento dos números ao longo dos anos, Jorge considerou que este contingente ainda está longe de estar próximo do conhecimento da comunidade.
Como tal, esse é o objetivo da Cap Magellan, o de continuar o trabalho feito nos últimos anos, no entanto, e segundo referiu à Lusa pretende que haja uma simplificação no que toca ao número de atores e instituições que são necessárias contactar para ter sucesso neste processo que se avizinha sempre longo, defendendo ainda um sistema mais justo no que às equivalências diz respeito.
A todos os que durante os dois dias estiveram a colaborar no stand, aos representantes das entidades oficiais e a todos os que nos vieram visitar, a Cap Magellan agradece a presença, afirmando que continuará a trabalhar com a certeza que a poderemos encontrar
em breve.
Sara Salgueira
capmag@capmagellan.org