Découvrez le programme de la Rencontre Européenne des Jeunes Lusodescendants !
14 novembre 2022Premier prix Nobel de littérature pour le Portugal il y a 100 ans
24 novembre 2022A geração Z e a ligação com o desenvolvimento social
Nascida entre os anos 1990 e 2010, essa geração chegou a ser conhecida por ser composta por aqueles indivíduos que já nasceram em um mund totalmente digital.
São pessoas que cresceram no mundo digital, assim acompan-hando cada inovação tecnológica e que buscam sempre estar a par de todo o desenvolvimento e evolução, gerando assim uma sociedade muito capitalista, muito consumista tecnologicamente. Essa geração se tornou conhecida, portanto, pela alta gama de tecnologia e pelo seu amplo acesso, sendo também chamada como geração dos nativos digitais. Isso pois quem nasceu nessa época tem uma íntima relação com o mundo digital,
com a internet e principalmente com toda a área de informática.
Porém, não é apenas o aspecto de imersão digital que caracteriza a geração Z. Outro ponto importante na composição desse grupo de indivíduos é a desigualdadesocial, pois é uma geração que não se entrelaça e não cria vínculos duradouros com as pessoas reais, mas sobretudo com pessoas que aprenderam a se relacionar com outros por redes sociais e aplicativos (seja eles de relacionamentos amorosos ou de amizades). Podemos afirmar que é também a geração dos avatares.
Essa categoria se diversifica das outras gerações (como a geração dos baby boomers, por exemplo) pelo simples fato de que ela foi tomada como um objeto de análise na sociedade norte-americana. Ou seja, as novas descobertas digitais se aplicam ultimamente nos comportamentos e desenvolvimentos sociais, incluindo como maior característica os comportamentos ligados a agilidade e curiosidade.
« A geração Z não conheceu o mundo sem a era digitalizada, então a navegação nos meios digitais é feita com muita fluidez e facilidade »
Os nascidos nessa geração têm o desenvolvimento curricular como principal objetivo, sempre estão à procura de cursos universitários, à procura de novas experiências como, por exemplo, intercâmbios no exterior, são pessoas que têm maior interesse ao empreendedorismo e visam mais a qualidade de vida do que o foco em dinheiro. Sendo assim, são pessoas idealistas que focalizam no bem-estar do mundo. Uma geração contraditória em si (como o são todas), pois, aberta para o mundo, é fechada para o que se passa na sua própria porta.
A geração Z não conheceu o mundo sem a era digitalizada, então a navegação nos meios digitais é feita com muita fluidez e facilidade, sendo assim possível zapear todos os meios tecnológicos de uma só vez, seja assistindo televisão e respondendo mensagem, ou até escutar música e digitar no computador enquanto escreve um trabalho universitário no smartphone.
No mercado de trabalho, adaptam-se facilmente com o famoso home-office, mas caso necessário, buscam em seu ambiente de trabalho pessoas com a mesma eficácia empresarial, ou seja, pessoas ágeis, rápidas e interativas com a tecnologia. Contudo, o processo de socialização desses indivíduos é hiper conectado e isso exerce uma grande influência sobre o modo de se relacionar com as pessoas em sua volta, exigindo assim uma forte demanda de
reformulação nos padrões de seleção e recrutamento, assim também como os planos de carreira e nível salarial.
E justamente por isso, nessa dificuldade de se encontrar e se encaixar em um mundo bruto, real, das diferenças sociais, das violências (de todos os gêneros, policial, social, político, de intolerância, de fobias mil), a geração z também é conhecida como a geração deprimida. A falta de conectividade com o mundo real acaba por produzir a geração que mais consome antidepressivos até então.Sendo assim, os Z’s é, para muitos, a geração do futuro, que quebra paradigmas, contesta os estereótipos e não liga para gênero, idade, classe social, é a geração que quebra a necessidade de rótulos, mas a que custo?
A que proposta de futuro?
Fernanda Nonato Close de Carvalho
étudiante à l’Université Lumière Lyon 2
capmag@capmagellan.org