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12 juillet 2021Mais de 20 anos de prestígio no setor do aluguer de automóveis com que conta a International Car. Esta empresa portuguesa deixa-se definir pelos seus valores. Liberdade. Segurança. Conforto.
Em contagem decrescente para as tão desejadas férias, Portugal prepara-se para receber os turistas. Aproxima-se, assim, a 19ª edição da campanha de Segurança Rodoviária- Sécur’été 2020: Verão em Portugal – organizada pela Cap Magellan, desde o ano passado de mãos dadas com a International Car na promoção da segurança rodoviária. A International Car teve a afabilidade de ceder dois automóveis à equipa da Cap Magellan para as ações de terreno a decorrer em Portugal.
Em entrevista a João Nuno Patrício, Diretor de Marketing, aborda-se a questão do turismo e da segurança na estrada.
Cap Magellan : É esta a segunda vez que a International Car estabelece uma parceria com a Cap Magellan. Porque é que se mantêm connosco? O que mais valoriza nesta relação?
João Nuno Patrício : É a relação com a diáspora. Nós temos uma imensa quota de clientes que vem de França. Não só portugueses, mas muitos deles são portugueses. Principalmente para a nossa estação do Porto, que é para onde viajam mais aqui no Norte do país. E quando recebemos a proposta da Cap Magellan abraçámos este projeto já no ano passado e ficámos muito contentes, gostamos de colaborar e do retorno em termos de notoriedade que isto nos traz. Gostamos de ser conhecidos junto dos portugueses que estão em França.
CM : Mais um ano em que o turismo português é abalado pela pandemia. Quais são os principais desafios que esta situação vos tem trazido? Teme-se um verão difícil para a empresa?
JNP : Os desafios são transversais a toda a economia e muito especialmente ao turismo. O nosso cliente é um cliente que viaja de avião e que precisa de uma viatura para se deslocar, e o facto de as companhias aéreas terem limitações trouxe enormes problemas ao turismo em Portugal. Isso levou a que todas as empresas de aluguer de automóveis tivessem de reduzir as suas frotas, e isto faz com que os preços aumentem. O fluxo de clientes não é o mesmo ainda que em 2019. Está a ser melhor que o de 2020. Vamos ver se 2022 será um ano mais normal.
CM : Com a vacinação em larga escala, poderá haver uma luz ao fundo do túnel. Acredita que seja uma oportunidade?
JNP : Eu gostava de acreditar. Contudo, as nossas autoridades continuam a ter um desprezo total pela economia nacional e em particular pelo turismo, continuam a comportar-se como se não houvesse ninguém vacinado e como se ninguém tivesse sido contaminado pelo vírus. De maneira que a vacinação só por si não faz nada se as autoridades não se comportarem de outra forma.
CM : Considera que os turistas se sentem inseguros para alugar carros por motivos sanitários?
JNP : Não temos notado qualquer receio. Temos todas as precauções necessárias. Depois, a International Car é uma das empresas mais desenvolvidas a nível tecnológico. Nós utilizamos muito processos digitais. Não há o processo físico que implique contacto. Perde-se um pouco do lado humano para se ganhar em segurança pelo menos. Este ano inauguramos instalações no Porto, em que toda a construção foi feita a pensar neste negócio, com um espaço amplo que permite que toda essa operação de segurança sanitária se torne mais simples.
CM : Com instalações perto de todos os aeroportos de Portugal Continental e do da Madeira, refletem sobre a possibilidade de se alargarem ainda mais a nível nacional e/ou internacional?
JNP : De momento não. Não é estrategicamente a nossa opção. O nosso objetivo é solidificar a nossa operação. Apostamos na digitalização de toda a atividade. Temos uma forte aposta na operação digital e também na nossa frota, sendo mais visível e é esse o produto que o cliente adquire quando aluga um carro connosco. Em termos de novos carros, mais recentes, temos carros de 2021 neste momento. São essas as nossas principais apostas, o digital e uma frota mais recente possível.
CM : O que considera promissor no mercado português para a International Car?
JNP : Há uma boa caraterística em Portugal que é trabalhar nesta monocultura que é o turismo. O que é promissor é uma mudança nos hábitos de mobilidade das pessoas. A mobilidade urbana está a alterar-se. Aí criam-se oportunidades, uma vez que a mobilidade tem sido vista cada vez mais como a aquisição de um serviço que nos permita transportarmo-nos e não a aquisição de uma viatura como um bem patrimonial.
CM : A ânsia pela liberdade que com a pandemia nos foi limitada fará com que os turistas procurem obtê-la de forma impulsiva. Acha que este fator poderá afetar a segurança rodoviária?
JNP : Não me parece. Hoje temos medo de um vírus e encaramos a possibilidade da morte como algo que podia ser evitado. Então um vírus, que vemos que mata menos do que tantas doenças, menos que a própria estrada, provocou um alado que foi naturalmente instigado pelas autoridades, e levou a segurar a população para proteger os sistemas nacionais de saúde. Penso que as pessoas estão sob um clima de medo que estão a viver nos últimos meses e que as faz ter mais cuidados.
CM : Um dos valores em destaque na essência da Internacional Car consiste em zelar pela segurança. De que forma procuram promover essa segurança?
JNP : Através de uma frota moderna, com poucos quilómetros e que à partida se torna mais segura. Os carros evoluem a cada ano que passa. Evidentemente não inibe a sua má utilização, daí campanhas como a vossa serem a nosso ver de extrema importância porque acima de tudo quem comanda o carro ainda é quem está ao volante.
CM : Qual é a percentagem de emigrantes portugueses no total de clientes da empresa?
JNP : É superior a 30%. Varia consoante a estação. No Porto é superior, na Madeira é inferior.
CM : Tratando-se de uma empresa portuguesa, considera que a diáspora valoriza esse aspeto quando procura alugar um carro para as férias?
JNP : Nós somos uma empresa portuguesa com mais de 20 anos e temos clientes que nos acompanham ao longo desses 20 anos, na sua imensa maioria portugueses que trabalham em França, Suíça, Luxemburgo… E esses acompanham-nos e ligam diretamente connosco para reservar, tratam-nos pelo nosso nome, são amigos da casa e vice-versa. Porém, as pessoas procuram preço. E nessa altura, no momento de comparar preços, não estão a pensar se a empresa é ou não portuguesa. Há dois tipos de clientes.
CM : Por que razão optaram por criar uma versão francesa para o site? Porquê este ano?
JNP : O site em si é recente. O nosso site antigo estava desatualizado e temos agora uma versão com novos produtos, novos serviços, de muito mais fácil utilização, de aparência mais moderna e adaptado ao telemóvel. Já era mais que obrigatório, como a maior parte dos nossos clientes são franceses e alguns deles já falam mais o francês do que o português e, portanto, o site tinha de estar em francês e essa versão foi colocada online esta primavera.
CM : Uma vez que o assunto do passaporte-verde tem vindo a ser discutido, já pensaram se o irão utilizar para o atendimento ao cliente?
JNP : Nós aderimos desde logo ao Selo de Segurança que o Turismo de Portugal nos concedeu como empresa segura em termos sanitários, porque tínhamos condições para isso e foi renovado este ano. Quanto ao passaporte, aqui em Portugal temos muito pouca informação sobre como é que ele vai funcionar.
CM : Considera que o facto de já não haver tanto este lado humano com os clientes, devido à pandemia, tem vindo a afetar a relação e a fidelização?
JNP : Acho que não porque muitos deles já nos telefonam diretamente, porque não querem ir ao site. O velho telefone a funcionar às mil maravilhas! Mas às vezes até é difícil atender todas as pessoas em certas alturas do ano. Mas essa relação mantém-se intacta, mal a mobilidade começou a aumentar, os telefones começaram a tocar. Já tínhamos saudades! A relação pessoal acontece ao balcão. Não há um abraço, não há um aperto de mão, não há beijinhos, não há nada disso como os portugueses tanto gostam.
A Cap Magellan agradece a empatia e disponibilidade, convidando o leitor a reservar o seu veículo junto do parceiro, com um site agora disponível em francês.
Eva Nizon Araújo