Conselho da UE aprova 121,5 milhões adicionais para medidas urgentes
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14 avril 2021Marco foi alcançado numa altura em que se decidiu restringir o uso da vacina da AstraZeneca a maiores de 60.
Este marco acontece numa altura em que as autoridades de saúde portuguesas recomendaram a administração da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 em pessoas acima dos 60 anos de idade, seguindo a decisão de mais de uma dezena de países, que introduziram também restrições etárias.
Uma restrição que irá impactar no plano de vacinação, por exemplo, dos professores e auxiliares das escolas que irá atrasar “uma semana”.
“Vamos adiar uma semana a vacinação dos docentes e não docentes, que serão vacinados não neste fim de semana, mas no outro, com as vacinas que forem apropriadas, seguindo a recomendação que acabou de ser emitida”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo na conferência de imprensa conjunta de ontem.
“Temos uma população acima dos 60 anos superior a dois milhões de habitantes, portanto, a vacina da AstraZeneca, sendo útil na vacinação dessa população, o plano não vai sofrer grandes alterações e será útil para conseguir dar proteção a uma população mais idosa. Vai ser usada precisamente para isso”, explicou, sem deixar de manifestar a expectativa de que “no fim de maio a maior parte da população com mais de 60 anos esteja praticamente toda vacinada com a primeira dose”.
“Berbicacho”?
Já na terça-feira, o primeiro-ministro admitiu que, se fosse confirmado pela EMA a existência de um “berbicacho” com a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, haveria inevitáveis consequências na morosidade dos planos de vacinação da União Europeia.
“No quadro da União Europeia, consideramos que é fundamental que haja uma posição uniforme relativamente às recomendações e indicações fixadas pela EMA no que respeita a cada uma das vacinas. Se houver um berbicacho, então isso terá inevitáveis consequências no processo de vacinação”, apontou o primeiro-ministro na altura.
Na quarta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou uma “possível ligação” entre a vacina da farmacêutica AstraZeneca e “casos muito raros” de formação de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco face aos riscos de efeitos secundários, dada a gravidade da pandemia.
No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que essa ligação é “plausível, mas não confirmada”, considerando que são necessários estudos especializados.