Evolução da Seleção Portuguesa de Futebol

Em 1914 é fundada a Federação Portuguesa de Futebol. Esta federação controla a seleção nacional que tem como objetivo representar Portugal em competições internacionais.

Passados apenas sete anos, a equipa portuguesa disputará o seu primeiro amigável oficial. Mais dois anos, e deu-se a formalização da filiação do sindicato português de futebol à Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), em 1923, o que permitiu a convocatória de portugueses para jogos em competições.
O mundo do futebol depois ganha uma dimensão maior graças, em particular, à criação do primeiro Mundial em 1930. No entanto, Portugal não se qualificou para um Mundial em trinta anos de existência, seis falhas consecutivas. É apenas em 1966 que a seleção vai surpreender todos os adeptos do futebol. É neste preciso momento que Portugal vai viver uma das suas melhores exibições nesta competição. Pela primeira vez na história, a equipa conseguiu qualificar-se. Contra todas as expectativas, é graças ao “pantera negra” Eusébio, um dos maiores jogadores portugueses do mundo, que Portugal vai terminar em terceiro lugar na competição graças, em particular, aos seus 9 golos que o tornam o melhor marcador da competição e de Portugal num mundial. Infelizmente, só depois de 18 anos Portugal reapareceu e mais uma vez conseguiu qualificar-se para o Euro 1984 e, mais uma vez, surpreender os portugueses e chegar às meiasfinais. Depois do rompimento com toda esta série de derrotas, Portugal também consegue classificar-se para uma segunda fase final, desta vez é o Campeonato do Mundo de 1986 que, infelizmente, para eles se transformou imediatamente num escândalo. Portugal viverá com esta seleção uma das páginas mais negras da sua história. Apesar de todos os seus problemas, Portugal com este período complicado, mais tarde, experimentará uma onda de esperança no início dos anos 2000, quando a seleção começa a competir com as maiores nações. Depois de uma semifinal em 2000, os portugueses estão novamente decepcionados com o fracasso de 2002. A seleção portuguesa passa, portanto, a ser treinada pelo campeão mundial brasileiro Luiz Felipe Scolari.
Portugal é o país anfitrião do Euro 2004, e pretende ganhar. A equipa saiu de um promissor Euro 2004 com muita esperança e muito a provar, ao perder na final. A seleção conhece então a sua melhor progressão e está em plena evolução tornando-se uma equipa sólida e pilar de encontros internacionais ao continuar o seu caminho, ao terminar novamente em 4º lugar no mundial, graças em particular aos grandes jogadores, mundialmente reconhecidos, como
Deco, o melhor jogador em 2004 e 2006, Luís Figo que ganha a bola de ouro 2000, ou ainda Cristiano Ronaldo em plena explosão nessa altura, que domina o futebol e por isso permite que a seleção portuguesa ganhe outra dimensão. Os anos passam e os portugueses vão sendo convincentes, atingindo ainda o 3º lugar no ranking FIFA o que prova o enorme desempenho dos últimos anos. No entanto, a força de trabalho não consegue manter-se constante nos seus resultados, como em 2012, onde os portugueses chegaram às semifinais, mas 2 anos depois caíram de volta nas armadilhas ao realizar um decepcionante Campeonato do Mundo.
É quando surge a era de Fernando Santos e se estabelece uma seleção de novos jovens jogadores – uma decisão arriscada que vai render. Portugal consegue finalmente, pela primeira vez na sua existência, vencer uma
competição internacional que nada mais é do que o Euro 2016, uma consagração para esta seleção, e para o seu país, que ansiava há anos. E continuando a arremessar, Portugal também conquistou a Primeira Liga das Nações, 3 anos após a sua primeira coroação, o seu segundo troféu. A seleção portuguesa está, portanto, no auge e conhece o seu melhor rendimento e reserva um futuro ainda mais promissor.

Article publié dans le CAPMag de mars 2021

David dos Santos
Étudiant à l’Université Lumière Lyon 2
capmag@capmagellan.org