Descubra o melhor do Norte de Portugal com a CARFAST: um guia para explorar e saborear
13 juillet 2023A24 – Ligamos o Interior Norte a Portugal e à Europa, em Segurança!
13 juillet 2023Todos os verões, as estradas portuguesas enchem-se de carros oriundos de vários países europeus. Na sua maioria, são de portugueses e lusodescentes que regressam às suas terras de origem.
Por esse motivo, a Cap Magellan organiza, há precisamente 20 anos, a campanha de segurança rodoviária “Secur’Été”. Entrevistamos, por isso, Vasco Trigoso da Cunha, responsável de operações da Brisa Autoestradas, parceiro de longa data desta iniciativa.
Cap Magellan: Comecemos com a parceria entre a Cap Magellan e o Grupo Brisa. Seria possível apresentar-nos o grupo e os seus valores, por favor?
Vasco Trigoso da Cunha: A Brisa Autoestradas é a maior concessionária de autoestradas do país e uma das maiores da Europa. O nosso grupo tem como propósito transformar a qualidade de vida das comuni- dades, ligando as pessoas por meio de uma mobilidade simples, segura e sustentável. Todos os serviços que disponibilizamos são no sentido de apoiar o cliente nesta mobilidade.
Cap Magellan: Bom dia, Senhor da Vasco Trigoso da Cunha, hoje vamos falar sobre a parceria entre a associação Cap Magellan e o Grupo Brisa. Para começar, seria possível de nos apresentar o grupo e os seus valores, por favor?
Vasco Trigoso da Cunha: A Brisa Autoestradas, detida pelo Grupo Brisa, é a maior concessionária de autoestradas do país e uma das maiores da Europa. O nosso grupo tem como propósito transformar a qualidade de vida das comunidades, ligando as pessoas por meio de uma mobilidade simples, segura e sustentável. Servir essas pessoas é de fato, o nosso propósito.
Cap Magellan: Muito bem, como contam servir essas pessoas? Com quais objetivos?
Vasco Trigoso da Cunha: O nosso objetivo é disponibilizar uma infraestrutura e um conjunto de serviços que permitam às pessoas ter uma mobilidade que seja fácil de usar, essencialmente segura e sustentável. Todos os serviços que disponibilizamos são no sentido de apoiar o cliente nesta mobilidade.
Cap Magellan: Quando diz sustentável, em que sentido é? Na ecologia?
Vasco Trigoso da Cunha: Nas três vertentes ESG – Ambiente, Social e Governança.
Em 2021, o Grupo Brisa desenvolveu e aprovou o seu plano estratégico, no qual identificou 4 alavancas de transformação, sendo uma delas a Sustentabilidade (ESG – Environmental, Social and Corporate Governance), com o foco em “Alcançar uma Organização com objetivos ESG ancorando a cultura e o modelo de negócio Brisa”.
A estratégia de descarbonização do Grupo Brisa está alinhada com as metas climáticas das Nações Unidas. Queremos reduzir as nossas emissões em 42% até 2030 e atingir a neutralidade carbónica até 2045. Neste sentido, a transição energética da frota do Grupo Brisa é uma prioridade. No ano passado, a eletrificação global da frota atingiu a marca dos 25%, acompanhada com a expansão de uma rede que atinge agora os 235 pontos de carga.
Adicionalmente, o Grupo Brisa tem feito um grande investimento para garantir a instalação de postos de carregamento elétricos rápidos e ultrarrápidos nas suas autoestradas para servir os seus clientes e contribuir para a transição para a mobilidade elétrica. Fechámos 2022, com 84 carregadores elétricos de norte a sul do país e também perto da fronteira com Espanha. Hoje é possível viajar de Valença do Minho até ao Algarve com a certeza de que há postos de carregamento disponíveis.
Cap Magellan: Nós já fizemos uma parceria convosco no passado para a nossa campanha de segurança rodoviária: Sécur’Été. Agradecemos esta fidelidade e gostaríamos que falassem do que representa esta parceria para a Brisa.
Vasco Trigoso da Cunha: É extremamente importante, dado que a Cap Magellan é uma associação que está muito próxima dos emigrantes e dos jovens lusodescendentes. Com este propósito, de oferecer uma mobilidade aos nossos clientes, também queremos conseguir comunicar com os milhares de pessoas – muitos deles portugueses – que todos os anos, por esta altura, regressam ao seu país, Portugal. Temos muito gosto, honra e orgulho em servi-los.
Gostávamos também de deixar, através deste canal, algumas mensagens importantes que tal como já fizemos no passado e que tão produtivas foram.
Antes de tudo, e tratando-se de viagens longas, estas devem ser bem preparadas e bem planeadas: em primeiro lugar, é necessário verificar se a viatura em que se vai viajar está em condições de segurança. Devemos, ainda, ter especial atenção às luzes, verificando se os faróis e travões estão em perfeito funcionamento; aos pneus (muito importante), avaliando a pressão; e não carregar demasiado a viatura, mantendo-a equilibrada o mais possível para poder fazer a viagem.
Depois, durante a viagem, descansar, sabemos que a vontade de chegar a casa é grande, que se tenta fazer rápido. Mas temos de ter calma. Em Portugal, costuma-se dizer: “Mais vale perder 5 minutos na vida do que a vida em 5 minutos”. Temos que ter calma, vamos chegar bem ao pé das pessoas que estão à nossa espera. Portanto, parem regularmente.
Uma vez em Portugal, e após entrarem nas autoestradas da Brisa, têm à vossa disposição a Colibri: as nossas áreas de conforto, onde podem descansar e refrescar-se. Durante a viagem, tenham sempre convosco água suficiente para suprir as necessidades de todos os ocupantes da viatura e não correrem o risco de desidratarem.
Se, devido a alguma emergência, tiverem de parar na berma, protejam-se. Isso implica sair da viatura e, sempre que possível, ir para trás das guardas de segurança, pois o risco de atropelamento, para quem pára na berma, é muito elevado. Uma vez parado em segurança, deverá ligar para o número 210 730 300 ou, simplesmente, o 112. Tudo faremos para chegar o mais rápido possível. Este são os principais conselhos que tenho, e aproveito também para desejar a todos uma ótima viagem.
Cap Magellan: É claro! E falando de medidas de segurança… quais são as medidas que adotaram neste ano de 2023 para reforçar e garantir a segurança dos condutores?
Vasco Trigoso da Cunha: Além de termos melhorado, em muito, o nível e a qualidade do serviço prestado nas áreas de conforto, este ano focámo-nos na proteção, sobretudo ao nível das operações de manutenção realizadas em autoestrada. Neste sentido, aumentámos a visibilidade dos trabalhos,adquirimos equipamento que, além de aumentar a visibilidade das operações, garantindo uma maior proteção dos nossos clientes, dos nossos colaboradores e de todos os nossos parceiros, que diariamente asseguram o correto e seguro funcionamento dos trabalhos realizados na infraestrutura.
Cap Magellan: Poderia dar um exemplo desses trabalhos?
Vasco Trigoso da Cunha: Vasco Trigoso da Cunha: Nesta altura do ano, tentamos, ao máximo, realizar menos trabalhos, face à afluencia de utilizadores na infraestrutura. No entanto, trabalhos de caracter urgente, como o corte e controlo da fauna, permitem contribuir para a diminuição do risco de incêndio.
Cap Magellan: Em 2023, conseguiram acabar com essa quota de trabalhos?
Vasco Trigoso da Cunha: Este é um trabalho contínuo. Temos mais de 1000 quilómetros de autoestrada que são intervencionados diariamente, tendo em conta, por exemplo, o rejuvenescimento da infraestrutura.
A segurança e o conforto são a nossa prioridade e, por isso, trabalhamos sempre com o objetivo de fazer cumprir esta missão, planeando todos os trabalhos, de forma a afetar, o mínimo possível, os nossos clientes.
Cap Magellan: Quais são os vossos objetivos para 2023/2024?
Vasco Trigoso da Cunha: Temos o objetivo muito claro de reduzir a sinistralidade grave e estamos a trabalhar para atingir o novo objetivo da União Europeia, para a década 2020-2030, de reduzir em 50% o número de mortes e feridos graves na nossa infraestrutura.
Temos vindo a registar, ao longo dos anos, uma tendência decrescente do número de acidentes graves na nossa autoestrada, quer no número de vítimas mortais, como no número de feridos graves. No entanto, esta tendência ainda não reflete o objetivo traçado, de reduzir em 50%.
A melhoria da infraestrutura e dos processos, realizada pela Brisa Autoestradas, tem contribuído para a redução da sinistralidade. No entanto, não é o suficiente.. Depende, e muito, do estado das viaturas e dos pneus. Mas depende, essencialmente, do comportamento do condutor e na capacidade de saber detetar os sinais de alerta como a fadiga e o cansaço. É essencial que todos, em conjunto, possamos atingir o objetivo de reduzir o número de acidentes graves com vítimas mortais e feridos graves.
Cap Magellan: Sabemos a importância de promover isso em Portugal, mas por qual razão para fazer isto com as comunidades lusófonas estrangeiras?
Vasco Trigoso da Cunha: Todos os anos, por esta altura, milhares de emigrantes anseiam por regressar ao seu país de origem. E muitos deles fazem-no ao volante de um automóvel, atravessando, por vezes, vários países, numa viagem que se torna muito longa, provocando um mix de fatores: cansaço, fadiga e excesso de velocidade. Todos eles provocados pela ansiedade de chegar a casa o mais rápido possível. É por essa razão que nos associamos a esta – e outras – campanha que têm como objetivo sensibilizar os condutores para os perigos das viagens longas.
Assim reforço mais uma vez: planear a viagem e verificar se o carro está em condições de fazer a viagem. É muito importante também fazer pausas durante a condução e ter sempre água e mantimentos. O uso do cinto de segurança é obrigatório, quer nos bancos dianteiros como traseiros. Por fim, ter muita atenção aos painéis de mensagem variavél e a toda a sinalização presente nas estradas, seja vertical ou horizontal.
Cap Magellan: Muito obrigado!
Vasco Trigoso da Cunha: De nada, eu é que agradeço muito esta oportunidade!
Hugo Magalhães
Mais informações : www.brisa.pt
Foto: Grupo Brisa