[FR] La 4e édition EGL23 : “Travailler ensemble” : une rencontre nationale réussie
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Nos dias 28 e 29 de janeiro, a Cap Magellan organizou a quarta edição dos EGL23: “Trabalhar juntos” na Maison du Portugal, na Cité Internationale Universitaire Internationale de Paris. Esta iniciativa reuniu mais de 100 dirigentes associativos e professores para promover estratégias de dinamização da rede e descobrir novos programas.
Com casa cheia, os trabalhos iniciaram-se no sábado, dia 28 de Janeiro, às 9h30, com as palavras de Anna Martins, Presidente da Cap Magellan. A Anna Martins falou da importância da rede « chegaremos mais longe se trabalharmos todos juntos ». O mote estava dado para os ateliers de trabalho durante os dois dias.
Tempo de palavra para Ana Paixão, Diretora da Maison du Portugal, que muito amavelmente nos abriu as portas da sua Casa, referindo a importância de mais parcerias para o apoio do português, tornando a língua também mais atrativa para as empresas.
Esta cerimónia contou com a presença e participação de Miguel Fontes, Secretário de Estado do Trabalho, que falou deste evento como reforço da identidade. Por muitos anos o portugês foi visto como uma língua de imigração, no entanto, com o passar dos anos tem havido uma afirmação da mesma. Contudo, « só juntos poderemos fazer a diferença ». Antes de partir deixou a palavra a Joaquim Mourato, Diretor Geral do Ensino Superior que anunciou boas notícias para os jovens lusodescendentes que querem estudar em Portugal, « haverá uma revisão do modelo de acesso ao ensino superior, com mais vagas e duas fases de candidatura » o que permitirá aos candidatos mais tempo de decisão.
A manhã de sábado foi dedicada a um plenário, onde se estabeleceu uma visão global da rede franco-portuguesa já instalada na comunidade, com a presença de Marie-Hélène Euvard, Presidente da CCPF (Coordenação das Colectividades Portuguesas em França), de António Oliveira, Secretário geral da ADEPBA (Associação para o Desenvolvimento dos Estudos Portugueses, Brasileiros, de África e da Ásia lusófonos), Luciana Gouveia, Delegada geral da Cap Magellan, Manuel Cunha, em representação de Ilda Nunes, Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Paris, Hermano Sanches Ruivo, Presidente da ACTIVA ( Grupo de Amizade France Portugal das Cidades e Colectividades Territoriais) e Carlos Vinhas Pereira, Presidente da CCIFP (Câmara do Comércio e Industria Franco-Portuguesa).
Depois da apresentação, seguiu-se uma sessão de debate destinada a reunir argumentos que possam ser úteis para a dinamização da rede onde cada um dos presentes na sala falou das diferentes realidades.
Durante a pausa para o almoço, os participantes tiveram a oportunidade de conviver uns com os outros, a fim de aumentar a sua rede de contactos e ainda contaram com os livros e histórias de Manuel do Nascimento, pioneiro nos estudos sobre o Corpo Expedicionário Português.
A tarde de sábado foi dedicada a dois ateliers e dois plenários. Um atelier para as associações que contou com Francisco Madelino, Presidente da Fundação Inatel, Maria Pinto, Presidente da Delegação em França da Federação de Folclore Português e Miguel Torres, Presidente da Federação Portuguesa das Associações de Desenvolvimento Local-Minha Terra. Ambos falaram da importância da cultura, da colaboração e de um maior investimento, para reforçar não só a comunidade portuguesa que vive fora, mas toda a comunidade lusófona. É com as parcerias, trabalho e entreajuda que se pode ir mais longe.
O atelier dedicado ao ensino, aberto aos professores de português, foi animado por Ana Paula Jorge, bibliotecária do Centro Cultural Calouste Gulbenkian, em Paris, e por Isabel Sebastião, Coordenadora do Ensino Português em França. Neste ateliers discutiram-se formas de promover o ensino da língua portuguesa em França.
Seguiu-se o plenário com a apresentação da Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de abril, com o professor e historiador Victor Pereira. Um tema que animou os presentes na sala e lançou alguns desafios para as associações e professores para proporem ações, entre 2024 e 2026, divulgando os temas da revolução de Abril de 1974.
Continuou depois com um plenário dedicado a todos os que querem ir viver e estudar em Portugal, na presença de Joaquim Mourato, Diretor geral do ensino superior, que frisou a nova reforma e o aumento de possibilidades e diminuição da burocracia para todos os lusodescendentes que querem estudar em Portugal. Passou então a palavra a Ana Cristina Perdigão, Diretora da agência nacional de Erasmus +, que referiu a importância dos jovens no futuro da sociedade e do trabalho da Cap Magellan na ajuda aos mesmos através da Quota 7% uma mais valia para todos os jovens lusodescendentes. Esse contingente especial que foi apresentado por Jorge Costa, Referente Quota 7% da Cap Magellan, que falou do papel da associação na ajuda aos jovens e de que forma é que a mesma ajuda em todo o processo de candidatura.
E por fim, tempo para a apresentação do Programa Regressar, por José Albano Marques, Diretor e Isabel Jorge, que destacaram o poder do programa e ajuda aos que querem voltar ou simplesmente mudar de vida, com 11 mil pessoas, no final de 2022 a beneficiar das medidas e ajudas do programa, garantindo que em breve haverá novidades.
Ao mesmo tempo que o Programa Regressar era debatido, decorria na sala de estudos da Maison du Portugal, o atelier de professores que se juntaram para redigir uma Carta aberta com as suas reivindicações, sobre a maneira como o ensino do português tem sido tratado em França nos últimos anos.
No domingo, os trabalhos iniciaram-se pelas 9h30, com o plenário sobre o papel das instituições públicas e das cidades na programação das escolas e das associações, contando então com a presença de Isabel Corte-Real, Diretora do Centro Cultural Camões de Paris que mostrou o trabalho dedicado ao ensino do português e a vontade de continuar a fazer mais e melhor.
Os presentes tiveram o prazer de assistir ao vídeo que levou Évora a obter o título de Capital Europeia da Cultura em 2027, na presença de José Calixto, Vereador da Câmara Municipal de Évora que acompanhou todo o processo desde o seu começo destacando a importância de colocar o Interior do país no mapa.
Prosseguiu-se com Hermano Sanches Ruivo, Presidente da ACTIVA, que falou da importância das cidades geminadas, destacando vários exemplos e dando a palvara a Jerôme Demulier, Presidente da Câmara de Richebourg onde fica situado o cemitério onde estão sepultados os soldados do Corpo Expedicionário Português da primeira Guerra-Mundial.
O plenário terminou com Michael Mendes, um jovem lusodescendente, que se tem destacado em França enquanto produtor e co-fundador da Frantugal.TV, num claro exemplo da importância desta bi-cultura para o sucesso do seu trabalho.
Terminado o atelier foi tempo para António Oliveira, Secretário geral da ADEPBA e as professoras lerem a primeira versão da Carta aberta, realizada no dia anterior, onde destacam a importância da lingua portuguesa, não só como um dos idiomas a ensinar, mas como força europeia e uma das necessidades das empresas. Este tema levou a um grande debate entre os presentes que sentem o mesmo que os professores, que o Estado francês está a abandonar o português.
Lettre ouverte sur l’enseignement du portugais en France, rédigée dans le cadre des EGL23 : “Travailler ensemble” et coordonné par l’ADEPBA.
Nous, enseignants du niveau primaire, secondaire, et supérieur, de la formation professionnelle, parents d’élèves, responsables associatifs, constatons chaque jour l’érosion de l’enseignement du portugais, grande langue internationale, 3e langue européenne la plus parlée dans le monde.
Nous sommes démunis face à la rupture de continuité pédagogique du primaire vers le secondaire et vers le supérieur ainsi que vis-à-vis du déséquilibre de l’offre linguistique sur le territoire français. Enseignants et élèves pâtissent gravement de ces déserts linguistiques qui contribuent à la détérioration auquel l’enseignement du portugais est condamné.
L’inégalité de l’offre linguistique représente une inégalité pour les élèves qui veulent apprendre le portugais et pour les professeurs qui souhaitent l’enseigner.
Nous demandons une meilleure coopération entre l’offre dans l’enseignement primaire et l’enseignement secondaire avec la création de classes bilangues indispensables dans chaque département français, en plus d’une offre linguistique qui permettra aux élèves de poursuivre la langue de leur choix.
Dans l’attente de cette redéfinition de l’offre linguistique sur le territoire national, nous demandons à ce que soient accordées des dérogations aux élèves souhaitant poursuivre l’étude du portugais afin de ne pas léser les élèves de la République française et de ne pas vider les classes des enseignants de portugais.
En parallèle, nous demandons une campagne de promotion de la langue portugaise, qui représente une plus-value dans les négociations commerciales internationales. En effet, le tissu entrepreneurial français sollicite des professionnels maitrisant le portugais qui constitue un atout dans les échanges commerciaux entre les nombreux pays lusophones et la France, car tel que le rappelait l’article de Le Monde Étudiant du 02/04/2020, « dans une négociation avec des partenaires étrangers, l’essentiel se trame par exemple au café, ou après la réunion de travail qui s’est tenue dans un anglais souvent lamentable ». Dans ce sens, il nous paraît évident que le portugais doit pouvoir être choisi en langue facultative au baccalauréat professionnel.
Dans le contexte européen qui prône le plurilinguisme, nous demandons que les futurs maîtres d’écoles puissent choisir le portugais comme langue vivante de manière à pouvoir l’enseigner au même titre que les autres langues qui font partie de ce concours.
De manière à pouvoir enseigner dans des conditions raisonnables la 1ʳᵉ langue de l’hémisphère sud la plus parlée dans le monde, les établissements ont besoin de plus d’heures entièrement dédiées à l’enseignement du portugais en classe bilangue, en LVB et en LVC. Les effectifs de portugais n’ont cessé d’augmenter au cours de ces 20 dernières années, et ce, malgré la suppression des postes au concours. Ces 15 dernières années les effectifs de portugais ont doublé malgré les suppressions de postes ce qui traduit l’indéniable intérêt légitime des élèves français pour la langue portugaise mais également le dévouement des enseignants de portugais.
Entre debate e afirmações abriram-se as portas para receber o Senhor Embaixador de Portugal em França, José Augusto Duarte, num tempo de partilha entre todos, respondendo a todas as questões com voluntarismo e transparência. Foi um momento importante para ter contacto com as realidades de cada um dos presentes.
Tal como aconteceu no sábado, o almoço de domingo foi um momento de partilha e de encontro com Tiago Martins, autor do livro « L’histoire du Portugal dans mon assiette ». Para tornar a experiência mais enriquecedora, houve degustação de poncha e pão de ló, iguarias que se podem descobrir no seu livro.
Estes dois dias de trabalho fecharam com chave de ouro, com a projeção do filme Alma Viva (2022), realizado por Cristèle Alves Meira, na região de Trás-os-Montes. Um filme cheio de emoção e história. Os presentes tiveram a oportunidade de partilhar o seu sentimento e descoberta com a atriz Jacqueline Corado, que se deslocou à Maison du Portugal, para falar do backstage e da sua experiência enquanto protagonista da história.
O encontro permitiu melhorar os laços e criar novos com a certeza de que se trabalhará juntos. Os participantes saíram ainda com um Roadbook onde estão presentes as atividades das cabeças de rede e também partilharam as suas, a fim de garantir que a rede se mantém firme.
Um grande obrigada a todas as associações, instituições, professores, intervenientes e todos os participantes, bem como voluntários pela vossa presença ao longo dos dois dias.
Sem esquecer os parceiros :
Présentations passées pendant les EGL :
- Présentations-Victor Pereira-50 ans du 25 avril -50×2 Apresentacao linhas gerais 2022-2026
- Présentations-Programa Regressar
- EGL23-Présentations-CCPF-Atividades
- EGL23-Présentations-Ana Paula Jorge-Gulbenkian-Trabalhar juntos
- EGL23-Présentations-CAMÕES – CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS EM PARIS
- Lettre ouverte sur l’enseignement du portugais en France, rédigée dans le cadre des EGL23
Contato Imprensa : Sara Salgueira