Actualité : Brésil le pays touché par de fortes inondations
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10 juin 2024De acordo com um estudo conduzido pela Sustainable Development Network Solutions para avaliar a qualidade de execução da Agenda 2030 das Nações Unidas, Portugal alcançou um índice de 69.95/100 e ocupa a 20.ª posição na classificação. A Finlândia, a Suíça e a Dinamarca lideram o ranking enquanto a Turquia e a Bulgária fecham a marcha. A média dos 34 países auditados é 72/100.
O relatório indica que apesar da trajetória positiva de alguns dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS), nenhum foi ainda alcançado em Portugal. Apenas três deles registam uma evolução positiva. Trata-se do combate à pobreza (ODS 1), do acesso à água potável (ODS 6) e da redução de desigualdades (ODS 10). Com efeito, o país tem reduzido a população em risco de pobreza de 19,0% em 2015 para 16,4% em 2021, incluindo os grupos mais vulneráveis como as crianças e os idosos.
Os progressos são “moderados” na concretização dos seguintes objetivos : bem-estar e saúde (ODS 3), educação de qualidade (ODS 4), igualdade de género (ODS 5), acesso a fontes de energia limpas para todos (ODS 7), qualidade de emprego e trabalho digno para todos (ODS 8), inovação das infraestruturas e indústria (ODS 9), cidades e comunidades sustentáveis (ODS 11) e fortes parcerias para o desenvolvimento sustentável (ODS 17). O relatório ainda sublinha “algumas dificuldades” na concretização desses objetivos. Em matéria de saúde, Portugal tem registado avanços notáveis em indicadores como taxas de mortalidade materna, mortalidade infantil e neonatal, mortalidade atribuída a doenças do aparelho circulatório e doenças crónicas respiratórias, mortalidade relacionada com tumores malignos e mortalidade por acidentes rodoviários. O aumento da taxa de obesidade – 16,9% da população residente com mais de 18 anos em 2019 face a 16,4% em 2014 – constitui, no entanto, um importante ponto negativo, o que explica o ligeiro recuo relativamente ao objectivo de combate à fome (ODS 2). A nível da qualidade de emprego e trabalho digno para todos, o estudo aponta os salários que permanecem baixos apesar dos sucessivos aumentos do salário mínimo, bem como a taxa muito elevada de trabalhadores precários. De acordo com os dados da Pordata, 10,3% da população empregada em Portugal é considerada pobre, ou seja, vive com rendimentos inferiores ao limiar da pobreza (591 € mensais). No que respeita aos objectivos relacionados com os aspectos ambientais, nomeadamente os ODS 11 e 17, Portugal apresenta resultados bastante positivos.
Os objetivos ligados ao consumo e produção responsável (ODS 12), à vida marítima (ODS 14) e à paz, justiça e instituições eficazes (ODS 16) não têm conhecido qualquer evolução importante desde do penúltimo relatório da Sustainable Development Network Solutions. Segundo o mais recente estudo, Portugal enfrenta “desafios significativos” nos ODS 12 e 14 e “desafios consideráveis” no ODS 16. O país obtem ótimos resultados em matéria de implementação de instrumentos internacionais destinados ao combate da pesca ilegal, não declarada e não regulamentada. Portugal também adotou legislação nacional relevante ao nível da prevenção e do controlo de espécies exóticas invasoras.
De um modo geral, Portugal apresenta resultados encorajadores no que se refere aos objectivos ambientais enquanto os indicadores ficam para trás na concretização dos objectivos sociais apesar dos esforços significativos nos últimos anos.
Céline Crespy
Fontes :
Sustainable Development Network Solutions : www.unsdsn.org
Institute for European Environmental Policy : www.ieep.eu
Brésil, des inégalités persistantes malgré la hausse des revenus
Au Brésil, les revenus ont sensiblement augmenté en 2023, atteignant leur plus haut niveau depuis 2012. Selon une étude menée par l’Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), la somme des revenus mensuels par habitant a en effet atteint 398,3 milliards de réaux brésiliens (75 milliards d’euros). Une tendance qui s’explique d’une part par une augmentation des revenus du travail puisque 4 millions de personnes ont rejoint la population active du pays en 2023 et, d’autre part, par l’élargissement de la base des bénéficiaires d’aides sociales. 19% des ménages brésiliens, soit 14,7 millions de familles, ont désormais accès au dispositif Bolsa Familia. Il s’agit de la proportion la plus élevée depuis 2012. Les montants alloués ont également été revus à la hausse.
Les inégalités de revenus demeurent cependant élevées. Selon l’IBGE, la rémunération des 10% de la population active ayant les revenus les plus hauts est en moyenne 14,4 fois supérieure à celle de la population aux plus faibles revenus. Par ailleurs, avec chacune plus de 30%, les régions Nord et Nord-est ont enregistré la proportion de bénéficiaires d’aides sociales la plus élevée du pays, un chiffre révélateur d’inégalités territoriales bien ancrées.
Céline Crespy
Sources :
Brèves économiques du Service économique régional de Brasília de la Direction générale du Trésor (Ministère de l’Économie, des Finances et de la Souveraineté industrielle et numérique) : https://www.tresor.economie.gouv.fr/Articles/2024/05/02/bresil-breves-economiques-semaine-du-29-avril-2024
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) : www.ibge.gov.br
Photo : Nattanan Kanchanaprat de Pixabay
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