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9 novembre 2021Mais um corpo encontrado sem vida, no dia 13 de setembro 2021, a boiar no rio Douro. Um homem que desapareceu depois de ter ido trabalhar, não regressou e uma semana depois foi encontrado morto, o corpo já em estado de decomposição avançado. A família revela que se trata de suicídio e é aí que temos de ser ativos!
Em Portugal, em média, 3 pessoas por dia suicidam-se. Este é um tema que nos toca a todos pois fazemos parte da mesma espécie e deveríamos nos preocupar mais e assim, fazer a diferença. Todos os anos, o suicídio é uma das 20 causas principais de morte no mundo, englobando pessoas de todas as idades. Não pode continuar a ser um tema tabu, temos de falar, compreender e ajudar. Fazendo parte da família ou não, um simples “olá, tudo bem?” pode fazer a diferença e mostrar a estas pessoas que não estão sozinhas. Por este motivo, a Ordem dos Psicólogos Portugueses criou o dia mundial para a prevenção do suicídio, elaborando um guia com formas de prevenção e como melhor lidar com o suicídio ou tentativa do mesmo. Este Dia Mundial do Suicídio celebra-se no dia 10 de Setembro.
Desconhecemos as razões que levam estas pessoas a cometer este ato, mas temos de ter coragem para enfrentar os problemas dizendo-nos a nós próprios que há dias piores e dias melhores. E se não estivermos bem, devemos dizê-lo. O mais importante é não permanecer sozinho e procurar ajuda. Este é um desafio da Saúde Pública, uma vez que não provoca uma só vítima, pois também impacta inúmeras famílias, amigos, etc. Como afirma Rui Frias no seu artigo publicado no jornal diário online, os fatores de risco são frequentemente “situações de vulnerabilidade como pobreza, desemprego, perdas financeiras, guerras, desastres naturais, discriminação e exclusão social, bullying e ciberbullying, conflitos em torno da identidade sexual, bem como situações de falta de apoio social e sentimentos de solidão”. Por exemplo, muitas crianças vivem cenas injustas no cotidiano escolar como bullying. As crianças, mais sensíveis, muitas das vezes sofrem sem dizerem nada. Se assistirmos a uma situação onde observamos alguém a ser maltratado pelos colegas, devemos apoiá-lo e chamar a atenção daqueles que provocam esse sofrimento. Se virmos alguém sozinho, devemos oferecer apoio. Se temos um amigo que não quer sair, que apresenta, por exemplo, sinais depressivos, devemos convencê-lo a sair, fazer uma atividade, e, mais importante, procurar ajuda psicológica.
Quando já é tarde demais vemos nas notícias “um cadáver”, “um corpo sem vida”. Muito raramente se vê o nome da pessoa falecida, como se fosse mais um número contando para uma percentagem. Já o livro de Samuel Pimenta dizia Os números que venceram os nomes. Mortos, já não temos identidade? O nosso nome morre também?
Podemos salvar vidas, devemos fazer a diferença! Cada vida conta. Cada nome tem de ser lembrado.
Joana Almeida Martins
CLA Besançon
Fontes: diário de notícias.
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