11 Fois Fátima : à conversa com Rita Blanco e João Canijo11 Fois Fátima : à conversa com Rita Blanco e João Canijo11 Fois Fátima : à conversa com Rita Blanco e João Canijo11 Fois Fátima : à conversa com Rita Blanco e João Canijo
  • Qui Sommes-Nous ?
    • Nos Missions
    • Equip(ag)e
    • 30 ans d’Histoire
  • Nos Actions
    • Nos Campagnes
      • Sécur’Été – Verão em Portugal : 2022
      • Quota 7% pour les lusodescendants – étudier au Portugal
      • Etats Généraux de la Lusodescendance
    • Citoyenneté
    • Culture
    • Infos et Langue Portugaise
    • Emploi
  • Actus Luso
    • Agenda Luso
    • Eco & Co
    • Culture
    • Tourisme
    • Sport
    • Interviews
    • Les Actus du Citoyen
    • Tribune d’Opinion
  • Jeunes Futés
    • Études et Financements
      • Garde ta tirelire
      • Valorise tes compétences
      • Passe à l’international
      • Trouve un job
      • Et pense au reste!
    • Guide pratique pour s’installer et vivre en France
    • Portraits Futés
  • Galerie
  • Publications
    • CAPMag
    • Guide de l’été
    • CAPMag Junior
  • Presse
    • Communiqués de Presse
    • Tout le monde en parle
✕

11 Fois Fátima : à conversa com Rita Blanco e João Canijo

  • Home
  • Actualités Actualités-Interview
  • 11 Fois Fátima : à conversa com Rita Blanco e João Canijo
Expo: La beauté lusitanienne à Montpellier
4 juin 2019
Eleições legislativas em Portugal: o fim de uma era de geringonça?
4 juin 2019
Published by editeur on 4 juin 2019
Categories
  • Actualités-Interview
  • CAPMag_Article
  • FrontPage_Suite
Tags
  • #agitateurlusophone
  • 11 fois fatima
  • actu
  • actu luso
  • actualité
  • actus
  • Agitateur
  • Agitateur lusophone
  • agitateurlusophonedepuis1991
  • association
  • association franco-portugaise
  • cap
  • Cap Magellan
  • événément luso
  • fatima
  • franco-portugaise
  • interview
  • joao canijo
  • luso
  • lusophone
  • lusophonie
  • Magellan
  • portugal
  • rita blanco

400.. São 400 km que este grupo de 11 mulheres decide atravessar até Fátima, lugar onde, no dia 13 de maio de 1917, três crianças – Lúcia, Francisco e Jacinta – afirmaram terem visto “Uma senhora mais brilhante do que o Sol ». Para muitos portugueses e outros fiéis do mundo, esta cidade tornou-se num lugar santo, mas também um lugar de encontro para muitos peregrinos.

 

Esta cidade é o objectivo do grupo de peregrinas que seguimos no filme « 11 fois Fatima » (« Fátima » na versão original). João Canijo segue o caminho emocional e bastante físico que estas mulheres do Norte decidem fazer. Cada uma tem a sua motivação e a sua maneira de lidar com a dificuldade da peregrinação… Cada uma é uma mulher que escolheu caminhar dias e dias, deixando-se por vezes dominar pelas emoções.

Este filme, que se aparenta a um documentário, expõe a experiência da peregrinação, uma escolha pessoal que nem todos percebem, e que é apresentado aqui sem « disfarce », levando a refletir sobre os preconceitos que podem existir acerca do tema.

Com a saída do filme em França, no dia 12 de junho de 2019, e após o sucesso que conheceu em Portugal, a Cap Magellan teve a oportunidade de fazer algumas perguntas ao realizador João Canijo (« Sangue do Meu Sangue » em 2011) e à atriz Rita Blanco (« A Gaiola Dourada » em 2013).

 

Começámos por questionar a atriz que interpretou uma figura importante do grupo de peregrinas, para descobrir como é que tinha sido trabalhar neste novo projeto.

 

 

Cap Magellan: O que sentiu ao descobrir este novo projeto ? O que a convenceu a trabalhar neste filme ?

Rita Blanco: Trabalhar neste filme, e com o realizador João Canijo, faz parte de um projeto longo e contínuo, e por isso não foi uma surpresa e foi uma continuação de um processo de trabalho conjunto de muitos anos. Quero sempre trabalhar com o João porque é um realizador que me conhece bem, que sabe pedir o que precisa para servir o filme, e que me leva mais longe no meu trabalho.

 

Cap Magellan: Como é que se preparou fisicamente para este filme ?

Rita Blanco: A minha preparação para este filme teve mais a ver com o estudo do contexto e da personagem do que propriamente uma preparação atlética. E como eu sempre andei, não foi muito complicado…

 

Cap Magellan: Já alguma vez fez uma peregrinação sozinha, ou com um grupo de peregrinos, antes deste filme ?

Rita Blanco: Nunca tinha ido a Fátima enquanto peregrina. Mas fui com peregrinos verdadeiros, na minha preparação. E foi importante ir.

 

Cap Magellan: O cansaço físico e emocional é umas das forças deste filme, que se aparenta mais ser um documentário. No entanto, não podemos esquecer o trabalho das atrizes, as quais viveram esta experiência, como é que se sentiu no final das filmagens ?

Rita Blanco: No fim do filme, eu estava cansada, e sendo um trabalho de grande tensão – como são sempre os filmes do João Canijo – estava esgotada e queria voltar para casa e dormir bem!

 

Cap Magellan: O grupo de peregrinos conhece algumas dificuldades durante o filme, mas contudo, parece ser uma grande família. Como foi trabalhar com este grupo de atrizes ? Entenderam-se bem ?

Rita Blanco: Trabalhar com tantas mulheres não tem que ser um problema, e não é essa a questão, parece-me… Mas são muitas atrizes, cada uma com o seu ego… E o João Canijo adora explorar esse ambiente ! Foi difícil algumas vezes, não digo que não…

 

Cap Magellan: Neste filme, a fragilidade de cada uma das mulheres do grupo é apresentada « sem filtro ». Como é que se sente quando se deve mostrar desta forma, frente a uma câmara ?

Rita Blanco: Sabe, esse é o meu trabalho… Expor-me de alguma forma… Mas aquela, sou eu como personagem. Não sou a Rita, ali. Isso, é o que faço…

 

Cap Magellan: Sente que é diferente trabalhar num projeto no qual a religião ocupa um lugar tão importante ?

Rita Blanco: Todas as histórias, todas as personagens têm as suas especificidades. Esta está num contexto religioso que tem a ver com a vida e com as pessoas. Não há nada de muito espiritual no próprio filme… Esse é apenas o pretexto para mostrar aquelas pessoas.

 

Cap Magellan: Acha que a peregrinação apresenta as pessoas como são realmente, ou outra pessoa, uma pessoa que o cansaço muda ?

Rita Blanco: Acho que as pessoas, numa situação limite, de cansaço, de sacrifício físico e emocional, exacerbam a sua maneira de reagir ao que se passa à volta. Mas não mudam, sobretudo nessa altura. O momento espiritual talvez seja depois, mas mudar, poucas pessoas o fazem, não acha?

 

 


 

 

Continuamos com perguntas para o realizador, para descobrir um pouco mais sobre a inspiração deste filme.

 

Cap Magellan: Porque escolheu fazer um filme sobre o tema da « peregrinação » ?

João Canijo: Porque a peregrinação trata de um esforço levado cada dia ao limite do esgotamento, sabendo que no dia seguinte, o mesmo sacrifício se repete. Ao mesmo tempo, numa peregrinação, dá-se o paradoxo entre a busca da elevação espiritual e a natureza humana. O filme é sobre esse conflito, em que geralmente a natureza humana se sobrepõe à aproximação ao transcendente.

 

Cap Magellan: Sem dúvida, as atrizes tiveram uma preparação física para este filme, também foi o seu caso ?

João Canijo: As atrizes fizeram todas peregrinações reais, longas e esgotantes. Antes de lhes pedir esse esforço, eu também o fiz. Até para tentar compreender as razões que levam a este sacrifício.

 

Cap Magellan: Este filme é tão espontâneo que quase parece um documentário, como é que conseguiu este resultado ?

João Canijo: A ideia sempre foi fazer uma ficção disfarçada de documentário. O resultado foi conseguido pela pesquisa das actrizes, foram elas que trouxeram as situações e as circunstâncias reais ao filme. Praticamente nada do filme é inventado, é tudo roubado das experiências reais das actrizes.

 

Cap Magellan: Acha que o filme seria o mesmo se o grupo de peregrinos fosse composto de homens ?

João Canijo: Completamente diferente. Mas há uma clara maioria de mulheres nos caminhos de Fátima. E isso também se verificou nos vários grupos das peregrinações reais das actrizes.

 

Cap Magellan: Durante o filme, podemos ver a que ponto este caminho até Fátima é difícil, do ponto de vista físico e mental. Estas dificuldades estão tão presentes que, no final, podemos perguntar-nos porque é que estas mulheres o fazem… Porque focalizou-se tanto nestes aspetos ?

João Canijo: Porque o filme foi uma tentativa de apresentação da realidade, e ela foi investigada exaustivamente. Ainda hoje, estou a tentar compreender porque é que as pessoas fazem aquele sacrifício daquela forma.

 

Cap Magellan: Ao fazer este filme, parece que tentou mostrar tudo sem nenhum filtro, mas também sem nenhuma crítica. Quis deixar ao espectador essa liberdade de crítica (só ele é que pode fazer a própria crítica/opinião, e não o filme) ?

João Canijo: Para mim não existe verdade, só existem diferentes interpretações da realidade. Por isso, na minha opinião, não faz sentido a imposição de um ponto de vista, seja ele crítico ou faccioso. Ao espectador, cabe fazer a sua interpretação de uma realidade que lhe é apresentada.

 

Cap Magellan : Na sua opinião, este filme mudou a sua maneira de ver a religião ? Poderá mudar a percepção das pessoas que o vão ver ?

João Canijo: Eu continuo tão estupefacto com a religião como antes. Mas consigo entender melhor as pessoas religiosas. Não sei se pode mudar alguma coisa, e a intenção nunca foi essa.

 

Cap Magellan: Tudo acaba com a chegada a Fátima, a peregrinação, mas também os problemas que se criaram durante a viagem… Será que tudo acaba porque o grupo chegou a Fátima (lugar santo para este grupo), ou porque o sofrimento acabou ?

João Canijo: A chegada a Fátima é sempre um momento de catarse e de alívio.

Lurdes Abreu

capmag@capmagellan.org

Vues : 514

Share
2
editeur
editeur

Related posts

Crédits photos : © Facebook officiel de Valdo de Sousa

21 juillet 2022

Pedro Abrunhosa em Paris


Read more
15 juillet 2022

Sécur’Été 2022 sur les aires de service des Vérités sur la RCEA et Bordeaux-Cestas les 23 et 24 juillet


Read more
International Car
11 juillet 2022

International Car no apoio à segurança rodoviária


Read more

Contacts:

E-mail : info@capmagellan.org
Tel : +331 79 35 11 00

Adresse : 7, Avenue de la Porte de Vanves – 75014 Paris

Recherche

✕
© 2022 Betheme by Muffin group | All Rights Reserved | Powered by WordPress